Os peixes de nossas águas


No Blog Mundo dos Peixes você pode conferir uma
receita de lambari frito.
Saborear um peixe a beira do mar, ou comer um peixe assado em algum lugar com uma companhia agradável, ou deliciar uma moqueca bem preparada sempre são bons programas. Uma porção de lambari frito acompanhado de angu então? Sempre é uma boa pedida para reuniões de família e agitadas mesas de bar. Todos esses pratos são exemplos de como o peixe está presente nas mesas de todos os cantos do país. Sem contar que com a quaresma da tradição católica, o consumo cresce ainda mais. Seja o peixe de água doce ou salgada o grande número de espécies da fauna brasileira esta movimentando o mercado, atraindo novos negócios e ganhando até apoio governamental. Os amantes do pescado agradecem.

O Brasil possui cerca de 2.500 espécies de peixes, o que corresponde a 10% da fauna de peixes do mundo em águas doces. Na região marinha do Brasil, existem mais de 1.000 espécies, levando-se em conta as espécies costeiras, pelágicas de passagem, oceânicas e abissais. Das 48.170 espécies de vertebrados existentes, cerca de 24.620 são peixes. Segundo relatório do governo federal em 2009 a China foi o país que mais produziu, com aproximadamente 60,5 milhões de toneladas, a Indonésia com 9.8 milhões de toneladas, a Índia com 7,9 milhões de toneladas e o Peru com cerca de 7 milhões de toneladas. O Brasil, neste contexto, contribuiu com 1.240.813 t em 2009, representando 0,86% da produção mundial de pescado. Atualmente o País produz aproximadamente 1,25 milhões de toneladas de pescado, sendo 38% cultivados. A atividade gera um PIB pesqueiro de R$ 5 bilhões, mobiliza 800 mil profissionais entre pescadores e aquicultores e proporciona 3,5 milhões de empregos diretos e indiretos.

Aquicultura a parte, você sabia que existem diferenças nutricionais entre os peixes cartilaginosos e os ósseos? Mais especificamente entre os peixes de água salgada e os de água doce? É isso mesmo, para cada tipo de alimentação se “exige” um tipo de pescado diferente, pois em cada ambiente existem tipos de nutrientes específicos e adequar o consumo para uma dieta balanceada se faz necessário. Grande parte das espécies tem alto valor nutricional, boa digestão e ajudam a regular os índices de colesterol no organismo. A ingestão regular – 2 vezes por semana - traz muitos benefícios à saúde como redução de doenças relacionadas ao coração. E o que mostra um estudo realizado no Japão em 2008, o país que mais consome peixe no mundo, a alimentação baseada em peixes substitui o consumo de gorduras trans contidas em carnes vermelhas e laticínios e diminui o índice de risco de doenças cardiovasculares e outras enfermidades. Outro benefício do consumo é relacionado às crianças, idosos e gestantes, que precisam de quantidades de proteínas para a manutenção do organismo.

Para não perder os nutrientes é necessário sempre se preocupar também com o modo de preparo do seu pescado. Evite frituras, principalmente as que utilizem gorduras animais, sempre use os óleos vegetais. O peixe grelhado, assado ou cozido no vapor ainda se apresenta como a melhor opção, pois não altera tanto o paladar e os valores nutritivos.


 Características: Ambos são fontes de proteínas, mas possuem suas especificidades.

Peixes de água doce – São predominantemente peixes ósseos e escamosos que habitam sua vida inteira – ou parte dela – em rios e lagos. Tem sua carne mais fracionada e varia de tonalidade e textura de acordo com a alimentação e geografia de cada espécie. São ricos em Ômega 6 e algumas espécies como o Pacu são mais gordurosas. Em geral são menores que os peixes de água salgada e com exceção de algumas espécies, como o Pacu, possuem baixo teor de gordura. Espécies no Brasil – traíra, tilápia, lambari, pacu, pintado, tambaqui, e outros.

Peixe de água salgada – Possuem pele semelhante ao couro, com menos escamas que os peixes de água doce e são relativamente maiores que os de água doce. Se alimentam de plâncton marinho e peixes de outras espécies. A taxa de ômega 3 – gordura boa para o funcionamento corporal -  é maior quando comparada às espécies de rios e lagos. Sua carne é mais densa e a quantidade de espinhos é variável.

TEXTO POR LAUZEMIR CARVALHO NO DIA 10 DE MARÇO DE 2013. 

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